Ana Carolina, 10 anos, moradora no Cidade Nova I, quer ser veterinária quando crescer. Felipe Gustavo, 10 anos, da Vila Nambi, pretende ser policial. Em comum, além de ambos serem alunos de unidades do Sesi/Jundiaí, uma certeza: dizer não às drogas lhes garantirá um futuro melhor. Os dois alunos e mais 483 outras crianças, das sete unidades do Sesi/Jundiaí, do curso Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência), ministrado pela Polícia Militar (Fonte: Jornal de Jundiaí).
O número de usuários de drogas tem aumentado muito nos últimos anos no Brasil. Pesquisa da Unesco aponta que jovens experimentam drogas cada vez mais cedo (9, 10, 11 anos de idade) e que a escola é o lugar mais associado ao seu consumo. O uso indevido de bebidas alcoólicas faz parte da vida de mais da metade dos jovens brasileiros.
Nete contexto, a iniciativa do Sesi/PM é muito boa e deveria ser estendida a toda a rede escolar da cidade, pois, querer banir as drogas da sociedade humana é tarefa praticamente impossível... precisamos compreender o fenômeno em sua complexidade, estimulando a juventude a transformar sua realidade, através de ações desenvolvidas e implementadas no cotidiano das escolas públicas do Brasil.
E as drogas não são único problema que afetam as crianças e adolescentes. Embora o Brasil seja signatário da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Crianças, a realidade no país é cruel e o desrespeito a esses seres desprotegidos tem sido a tônica de grande parcela da sociedade e do poder público, que ignora as crianças que não votam, não têm voz nem vez. São exploradas, violentadas, abusadas, tratadas como agentes da violência e não vítimas da negligência e deseducação de familiares e administradores públicos.
A criança brasileira tem direitos constitucionalmente assegurados, mas, na prática, ainda falta muito para que a cidadania infanto-juvenil seja respeitada. Criança tem direito a proteção integral em razão de sua condição de cidadão em desenvolvimento e necessita de prioridade no atendimento dos serviços públicos e preferência na formulação e execução das políticas sociais e destinação de recursos públicos.
A Diretoria
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