quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Luz Amarela...

Quando a Volkswagen anunciou seu plano de reestruturação mundial, que implicava demissões nas unidades brasileiras, o Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí passou a acompanhar atentamente a situação da fábrica de São Bernardo do Campo, que tem 12.400 funcionários e é uma das mais problemáticas da empresa, no país.

Como a Volks enviou nesta semana carta para 1.800 empregados, informando-os que estarão demitidos a partir de 21 de novembro, quando acaba o acordo entre montadora e Sindicato dos Metalúrgicos do ABC sobre estabilidade no emprego, em assembléia os trabalhadores decidiram entrar em greve, interrompendo a produção.

Com o agravamento da situação, o sindicato jundiaiense redobrou sua atenção com a Volks, pois pode haver desdobramentos na Região, que concentra empresas de autopeças que também fornecem seus produtos para a montadora. A Volks pretende dispensar 3.600 empregados até 2008 e reduzir direitos trabalhistas. Se não houver acordo com o sindicato do ABC neste sentido, ela ameaça dispensar 6.100 empregados e fechar a unidade de São Bernardo do Campo. (Jornal da Cidade)

Parece que a luz amarela que estava acesa para os metalúrgicos, começa a piscar também para outras categorias profissionais, como comércio e serviços que na prática também perderão muitos postos de trabalho, uma vez que estão intimamente ligadas, causando um prejuízo brutal à sociedade; pois, para cada emprego na montadora existem outros 47 empregos em setores diversos.

Infelizmente, mais uma vez, o lado canibalesco do capitalismo se faz notório, instalando um clima de insegurança nas grandes corporações, que para evitar o fatal ciclo de incorporações, que deve reduzir o número de multinacionais na economia mundial, lançam mão de medidas drásticas de reestruturação para o aumento de lucros, massacrando o lado mais vulnerável da relação capital x trabalho: os empregados.

Os trabalhadores EAA sentem-se irmanados aos metalúrgicos neste momento difícil que vivem, sob a ameaça de perder o emprego, esperando uma desumana e lacônica dispensa pelo correio. A mobilização da categoria é essencial. É preciso resistir, fazer greve, ir trabalhar mesmo que demitido, trilhar o caminho da resistência e da luta, pois, o movimento sindical e a sociedade estarão envidando esforços para reverter esse quadro.

A Diretoria

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