Após 11 anos, finalmente, o assassino confesso da jornalista Sandra Gomide, o também jornalista Antonio Marcos Pimenta Neves foi encaminhado à prisão. Graças à morosidade da Justiça, o assassino de Sandra passou todos esses anos em liberdade, esperando a conclusão dos inúmeros recursos que seus advogados apresentaram. Uma realidade tipicamente brasileira e difícil de aceitar.
Fica evidente, que punições tardias como esta são exemplos de que casos de violência contra a mulher estão relegados a segundo plano, estimulando a violência de agressores que pouco tem a temer, amparados por um sistema jurídico complexo e moroso. O número de mulheres agredidas só aumenta e está é sim uma questão do Estado. Leis existem, a “Maria da Penha” está em vigor, entre outras. Faltam os recursos para que a aplicação das leis seja de fato efeitva e não maleável. Mais uma vez cabe aos brasileiros comuns, principalmente às mulheres, deixar de aceitar passivamente que tais situações se perpetuem.