Cerca de 2 milhões de trabalhadores participaram das 411 greves realizadas em 2008 — o maior índice de paralisações dos últimos quatro anos. As manifestações ocorreram mais em empresas privadas (54,5%, representando 224 greves) do que em públicas. Os dados são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
No balanço, o Dieese classifica as paralisações em dois tipos: as propositivas (que propõem novas conquistas ou a ampliação das já asseguradas — e representaram 69% do total no ano) e as defensivas (que se põem contra o descumprimento de direitos estabelecidos em acordos ou na legislação, além de pleitear a manutenção ou a renovação de condições de trabalho vigente).
O Dieese acompanhou o final de 193 paralisações e, a partir disso, analisou o resultado das greves. Segundo o órgão, 73% dos movimentos tiveram êxito em suas reivindicações. Em empresas privadas, 80% das greves tiveram bons resultados. As principais reivindicações de 2008 foram reajuste salarial, plano de cargos e salários e carreiras, condições de trabalho, contratações, descumprimento de acordo e piso salarial.
Agência Brasil