O sindicalismo brasileiro faz um balanço positivo de 2007, um dos anos mais produtivos e repletos de conquistas. A primeira conquista de peso foi o aumento real de aproximadamente 5,41% para o salário mínimo, em abril. Ainda na questão do mínimo, vale destacar o acordo que garante aumento real vinculado ao crescimento do PIB, o que possibilita recuperação real do valor do mínimo, sem gerar pressão inflacionária.
Outro avanço, graças à luta sindical, foi a redução parcial do imposto de renda sobre os salários. A força do sindicalismo foi demonstrada, também, no 1º de Maio, quando os atos das Centrais, só no Estado de São Paulo, reuniram, pacificamente, mais de 4 milhões de pessoas.
Vitória dura, e expressiva, veio em março, com o veto do presidente Lula à famigerada Emenda 3, que impunha a flexibilização via legalização da PJ, ou seja, contratação de pessoas sem registro em Carteira e sem direitos.
Em novembro, outro avanço. Desta vez, a aprovação pelo Senado da regulamentação das Centrais, garantindo-se meios de custeio às entidades de classe. O ataque ao imposto sindical foi debelado.De setembro a novembro, o sindicalismo obteve grandes acordos salariais, com ganhos reais expressivos que confirmaram a tendência já apontada pelo Dieese de aumentos acima da inflação em praticamente 100% das negociações coletivas.
A 4ª Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília, em 5 de dezembro, coroou o ciclo vitorioso. Mais de 40 mil manifestantes, todas as Centrais, reunião com o Presidente Lula, decisão de encaminhar, por meio de projeto popular, a redução da jornada de trabalho, combate às terceirizações abusivas, tudo isso indica a pujança do sindicalismo e mostra que as tarefas para 2008 já estão definidas.
Porém, pouco disso teria ocorrido sem o crescimento da economia e a geração de empregos. Crescimento e mais empregos sempre foram o combustível da ação sindical ampla, continuada e construtiva.
O sindicalismo, após o ciclo neoliberal, começa a reocupar espaço e a exercer papel mais ativo na vida nacional. E faz isso respeitando sua própria diversidade, construindo, no possível, a velha e boa unidade na luta.
Fonte: Agencia Sindical