Os trabalhadores que tiverem reajuste de até 4,5% serão os únicos beneficiados com a correção da tabela do Imposto de Renda anunciada pela presidente Dilma Rousseff. A tabela do IR subirá 4,5% em 2015.
Já quem tiver reajuste salarial maior deverá pagar mais imposto. Em geral, os trabalhadores conseguem a reposição da inflação do ano anterior nos seus salários.
Em 2014, as remunerações deverão subir 6%, considerando a inflação que está prevista para este ano. Com isso, a tendência é pagar mais IR, já que a tabela deverá ficar abaixo da inflação.
Para o presidente do Sindifisco - Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, Cláudio Damasceno, a situação poderia ser pior, se não houvesse a correção e a tabela ficasse congelada, como ocorreu entre 1996 e 2001.
“Como não tínhamos nenhuma fórmula para o ano que vem, o anúncio feito por Dilma é positivo, mas não será suficiente, pois a defasagem irá se manter."
Um estudo do Sindifisco divulgado entre o final do ano passado e o início deste ano mostra que, se a tabela fosse corrigida pela inflação acumulada entre 1996 e dezembro de 2013, o reajuste deveria ser de 61,24%. Assim, só pagaria IR quem tem salário de mais de R$ 2.758. Hoje, já paga imposto quem ganha mais de R$ 2.000. No ano que vem, o imposto virá para quem ganha R$ 2.120, já considerando o desconto do INSS.
Impacto
O Ministério da Fazenda estima em R$ 5,3 bilhões o impacto do reajuste de 4,5% da tabela do IR na arrecadação federal de 2015, de acordo com nota divulgada no dia 1º de maio.
lsso porque, com o reajuste, estarão isentos do recolhimento trabalhadores que recebem até R$ 1.868.272. Hoje, não pagam IR os salários de até R$ 1.787,77. Também foi reajustada a dedução para a declaração pelo modelo simplificado, que passará de R$ 15.880,89 neste ano para R$ 16.595,53 no ano que vem.
Se não houvesse correção da tabela, mais trabalhadores pagariam IR e a mordida do Leão seria maior em todos os salários.
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