Se nas últimas décadas o esforço foi para acelerar a criação
de empregos formais e os ganhos reais, daqui para frente o desafio será
aumentar a estabilidade nos postos de trabalho. É o que propõe o quarto caderno
do estudo Vozes da Classe Média, desenvolvido pela Secretaria de Assuntos
Estratégicos (SAE) da Presidência da República em parceria com a Caixa
Econômica Federal e com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(Pnud).
Atualmente, a taxa de
rotatividade chega a 60% ao ano entre os trabalhadores que ganham até dois
salários mínimos. Sem classificar por ganhos salariais, no total mais de 40%
dos trabalhadores deixam os empregos a cada ano.
Diante da alta rotatividade dos trabalhadores, apurada pelo
estudo, vai ser proposto um redesenho da concessão de benefícios de abono
salarial e salário-família, para estimular a permanência dos trabalhadores no
emprego formal. De acordo com o ministro-chefe interino da SAE e presidente do
Ipea, Marcelo Neri, o desafio é enfrentar a rotatividade, que causa problemas
como o aumento dos gastos públicos - com benefícios como seguro-desemprego - e
queda no investimento em conhecimento do profissional.
Fonte: O Estado de SP
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