Fonte: CSB
O presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, participou sexta-feira (10), na capital cearense, da sexta edição do Congresso Internacional de Direito Sindical. Em sua palestra intitulada “Os Desafios do Sindicalismo”, Neto falou aos participantes sobre a importância do fortalecimento das entidades sindicais em mundo que sofre com o avanço de um movimento ultraliberal ao redor do planeta, que gera miséria e trava o desenvolvimento.
O dirigente apresentou dados do Brasil e do mundo. Por aqui, mais de 13 milhões de desempregados e quase 40 milhões na informalidade no primeiro trimestre do ano. Em âmbito global, outra injustiça: os milionários eram somente 36 milhões de adultos, mas concentravam 45,9% da riqueza mundial, um montante de US$ 128,7 trilhões.
Apesar dessas dificuldades, segundo Neto, o movimento sindical ainda é o organismo capaz de gerar consciência política, de classe e de conserto social. Para isso, o movimento precisa modernizar a forma de conversar com o trabalhador.
“Vamos ter que resistir. Luta e reconstrução financeira, não vai ser simples, mas
não é impossível. Vamos ter que discutir com os trabalhadores e agora temos que mudar a forma de comunicação, temos que modernizar, e nisso entra toda a informática e outros recursos. Assim, você organiza os trabalhadores, mas não somente na consciência, mas também através do esporte, da cultura e do lazer. Vamos ter que discutir com os trabalhadores o que vale na convenção coletiva, vamos ter que orientá-los que acabando a convenção, acabam-se os direitos, pois não tem ultratividade na convenção coletiva. Os trabalhadores precisam ter consciência de que as conquistas terminam quando acaba a data-base e é necessário negociar tudo de novo”, disse o presidente da CSB.
não é impossível. Vamos ter que discutir com os trabalhadores e agora temos que mudar a forma de comunicação, temos que modernizar, e nisso entra toda a informática e outros recursos. Assim, você organiza os trabalhadores, mas não somente na consciência, mas também através do esporte, da cultura e do lazer. Vamos ter que discutir com os trabalhadores o que vale na convenção coletiva, vamos ter que orientá-los que acabando a convenção, acabam-se os direitos, pois não tem ultratividade na convenção coletiva. Os trabalhadores precisam ter consciência de que as conquistas terminam quando acaba a data-base e é necessário negociar tudo de novo”, disse o presidente da CSB.
Neto também acredita que os sindicatos terão que ampliar a atuação para representar os desempregados e os estudantes, fazendo, assim, uma correlação de forças. Ainda durante a palestra, Neto abordou o desemprego no Brasil e a crise econômica, que levou milhares de brasileiros à uberização da mão de obra.
“Você não tem desenvolvimento e não tem emprego, o que acontece com a economia? Hoje, temos como reflexo 63 milhões de brasileiros que estão com o nome no SPC. De 2013 a 2016 fecharam no Brasil 341 mil empresas e a maioria das empresas fecha a porta após cinco anos. Com isso, chega a uberização do trabalho, que veio com uma grande euforia no mundo. Vai fechando a indústria, serviços e o comércio, sem saber o que fazer, o trabalhador pega seu carro e vai ser escravo da Uber, mandar 25% da sua receita, sem que a Uber pague nenhum tributo para o Brasil”, explicou Neto, alertando para o fato de que a industrialização está no seu menor patamar da história.
O futuro do trabalho e a robotização também foram abordados durante a palestra. Neto mostrou oranking das profissões que devem acabar por conta automatização em diversas áreas, como arquivistas, estatísticos, bibliotecários, taxistas, garçons e juízes.
O Congresso organizado pela Excola, que começou quinta-feira (9) e foi até o final da sexta (10), também abordou temas que envolvem negociação coletiva, futuro da advocacia trabalhista e sindical, além de mercado de trabalho e reorganização sindical, entre outros.
“Você não tem desenvolvimento e não tem emprego, o que acontece com a economia? Hoje, temos como reflexo 63 milhões de brasileiros que estão com o nome no SPC. De 2013 a 2016 fecharam no Brasil 341 mil empresas e a maioria das empresas fecha a porta após cinco anos. Com isso, chega a uberização do trabalho, que veio com uma grande euforia no mundo. Vai fechando a indústria, serviços e o comércio, sem saber o que fazer, o trabalhador pega seu carro e vai ser escravo da Uber, mandar 25% da sua receita, sem que a Uber pague nenhum tributo para o Brasil”, explicou Neto, alertando para o fato de que a industrialização está no seu menor patamar da história.
O futuro do trabalho e a robotização também foram abordados durante a palestra. Neto mostrou oranking das profissões que devem acabar por conta automatização em diversas áreas, como arquivistas, estatísticos, bibliotecários, taxistas, garçons e juízes.
O Congresso organizado pela Excola, que começou quinta-feira (9) e foi até o final da sexta (10), também abordou temas que envolvem negociação coletiva, futuro da advocacia trabalhista e sindical, além de mercado de trabalho e reorganização sindical, entre outros.
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