Apenas três fatores interferem na distribuição funcional da renda: as decisões de mercado, as decisões de governo e os fenômenos naturais.
Nas decisões de mercado, os sindicatos, em geral, e os trabalhadores, em particular, podem influenciar na sua dimensão de consumidor, seja denunciando a eventual prática de trabalho degradante, o descumprimento de direitos trabalhistas ou a agressão aos direitos humanos. Pode-se boicotar produtos, por exemplo.
Nas decisões de governo, também pode-se atuar nas dimensões de cidadão (eleitor), exigindo dos representantes políticas públicas em favor dos trabalhadores; de usuário de serviços públicos, cobrando serviços de qualidade, especialmente saúde, educação, segurança e transporte; de contribuinte, fiscalizando a aplicação dos recursos públicos, cobrando e pressionando pela inclusão na Lei de Diretrizes Orçamentárias previsão de aumento real para o salário mínimo e dos pisos salariais dos Estados, onde existem; e de militante político e sindical, organizando e participando de manifestações por melhoria
na distribuição da renda.
Já sobre os fenômenos naturais não se tem qualquer influência. As enchentes, furações, tornados, tudo isso não é controlável. Mas podemos agir no sentido de exigir dos governos políticas de prevenção aos desastres naturais como enchentes ou estiagens prolongadas, através de obras de contenção de encostas, reservatórios de água, políticas habitacionais que evitem a ocupação de áreas de risco e outras.
Portanto, no controle social, tendo como pilares a capacidade política, técnica e ética, podemos e devemos agir como cidadãos e militantes sindicais para interferir nas decisões de governo e de mercado em favor de uma melhor distribuição da renda, além de participar efetivamente das campanhas salariais, que também são formas de distribuição de renda.
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