Fonte: DIAP/Cartilha Para que serve e o que faz o movimento sindical
Sim. A renda nacional dos países é constituída de cinco elementos, quais sejam:
renda do exterior, aluguéis, lucros, juros e salários.
A distribuição da renda é uma espécie de pizza ou gráfico com cinco pedaços. No curto prazo, se um aumentou é porque o outro diminuiu.
Vamos analisar cada um
Rendas do exterior são os pagamentos que as empresas e governos fazem pelo uso da propriedade intelectual ou do conhecimento por intermédio de royalties ou de patentes. Esse segmento – que depende da capacidade do país introduzir inovações em sua economia, resultantes de políticas de pesquisa, ciência e tecnologia que aliem essas atividades às atividades econômicas em geral – tem crescido muito e tende a crescer cada vez mais e, portanto, sua participação na renda só cresce nos países avançados. No caso do Brasil, por ausência ou deficiência dessas políticas, o crescimento desse setor da renda nacional tem sido negativo, ou seja, o país despende cada vez mais de recursos para pagar, sob a forma de royalties, direitos de patentes e de propriedade intelectual, aquilo que não produz internamente.
Lucros, todos nós sabemos, as empresas fazem o possível e o impossível para mantê-los ou ampliá-los: demitem, sonegam, importam, automatizam, fazem de tudo, mas não abrem mão de sua margem de lucro.
Juros. Quem manda no mundo é o sistema financeiro, que financia campanhas, controla organismos internacionais, compra governos e parlamentares para manter a hegemonia no sistema capitalista. Esse segmento sempre amplia a sua participação na renda nacional dos países.
Ora, se não houver o sindicato para lutar pela manutenção ou ampliação do salário na renda nacional, a tendência é que diminua. Logo, entre as atribuições do sindicato, uma das principais é lutar pela distribuição da renda, combatendo a desigualdade. Se, com sindicatos, os trabalhadores não conseguem manter sua participação na renda nacional, imaginem sem eles.
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