Fonte/Foto: CSB
Na última palestra do Encontro Nacional da Mulher Trabalhadora da CSB, realizada dia 9/3, a advogada e especialista em gestão de Políticas Públicas de Gênero e Raça pela Universidade Federal do Espírito Santo, Josandra Rupf, fez uma análise da situação da mulher no mercado de trabalho. O evento aconteceu em Brasília e reuniu dirigentes sindicais de entidades filiadas à Central de todo o Brasil.
Para contextualizar o tema, a especialista explicou o significado de gênero, termo que está sendo muito utilizado nos últimos anos. “Gênero não é sinônimo de sexo, não é uma questão biológica, de feminino e masculino. Gênero é uma questão histórica que se percebe ao observar características de homens e mulheres. A construção de gênero se refere ao conjunto de relações que vão se criando”, pontuou.
Em seguida, Rupf falou sobre a difícil entrada da mulher no mercado de trabalho. Ela contou que o processo começou nos anos 70, quando os homens, por conta da crise, não conseguiam mais ser os únicos provedores da casa. “Pelas pesquisas, hoje, são as mulheres que são as chefes da maioria das famílias”, acrescentou.
Conforme dados fornecidos durante a apresentação, as mulheres ainda estão longe do reconhecimento profissional. “No País, 53% das pessoas que recebem salário mínimo são mulheres. O preço da hora de trabalho de uma mulher chega, em média, a custar 14,3% a menos do que é pago a um homem”.
Segundo a advogada, o quadro piora na maternidade. Ainda de acordo com as informações disponibilizadas, 39% das brasileiras sem filhos trabalham, e esse número cai para menos de 27% entre as mães. “Mulher deixa de trabalhar porque não tem creche, porque patrão manda embora. O Estado não permite que ela ocupe esses espaços”, analisou.
Ao final, a palestrante pediu às dirigentes que refletissem sobre como movimento sindical pode contribuir com o empoderamento das mulheres trabalhadoras.
Encerramento
Após o término de todas as atividades, a secretária da Mulher, Antonieta de Faria, agradeceu o empenho de cada participante e considerou a realização do evento um grande feito. “A gente vinha lutando para que acontecesse. A gente conseguiu fazer um encontro de emoções, de histórias e palestras enriquecedoras”, afirmou.
Maria Aparecida Feliciani, 1ª secretária da CSB e presidente do SEAAC Jundiaí, ponderou ao final do encontro que a situação da mulher trabalhadora no Brasil nunca foi fácil, exigindo a todo momento formas de organização para resistir à opressão. Estes encontros proporcionam a reunião de várias realidades que oferecem diferentes caminhos para a solução dos conflitos, contribuindo para a efetiva organização das mulheres sindicalistas e trabalhadoras do país.
Maria Aparecida Feliciani, 1ª secretária da CSB e presidente do SEAAC Jundiaí, ponderou ao final do encontro que a situação da mulher trabalhadora no Brasil nunca foi fácil, exigindo a todo momento formas de organização para resistir à opressão. Estes encontros proporcionam a reunião de várias realidades que oferecem diferentes caminhos para a solução dos conflitos, contribuindo para a efetiva organização das mulheres sindicalistas e trabalhadoras do país.
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