terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Mitos e verdades sobre a febre amarela

Fonte: Folha de Londrina - PR
Desde o início dos casos de febre amarela no País, muitas informações foram passadas sobre a doença, mas é importante que a população busque fontes seguras e oficiais sobre o assunto. Para esclarecer a população, o Ministério da Saúde selecionou algumas afirmações que circulam na internet.

Todos os casos notificados nos últimos meses são de febre amarela silvestre.
Verdadeiro. Existem dois ciclos de transmissão da doença. O silvestre, quando a doença é transmitida pela picada dos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Nesse ciclo os principais hospedeiros são os primatas não humanos (macacos) que habitam as florestas tropicais. Seres humanos podem adquirir o vírus esporadicamente quando residem ou adentram na mata para trabalho ou turismo e são picados por um mosquito silvestre infectado. O Ministério da Saúde reforça que todos os casos notificados até o presente momento são classificados no ciclo silvestre de transmissão e que o risco de reurbanização da febre amarela é muito baixo.

Se não moro na área de recomendação da vacina ou não vou me dirigir a essas áreas não preciso me vacinar.
Correto. A recomendação para a vacinação é direcionada as pessoas que residem ou vão se deslocar para as áreas com recomendação para vacinação e áreas com recomendação temporária para vacinação. Atualmente, as áreas com recomendação para vacinação correspondem a 3.570 municípios e as áreas com recomendação temporária para vacinação são os municípios dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia que fazem divisa com Minas Gerais.


Nenhuma grávida deve ser vacinada contra febre amarela.
Mito. A vacinação não está indicada às gestantes. No entanto, na ocorrência de surtos da doença, epidemias ou viagem para área com risco de contrair a doença, a grávida deverá ser avaliada pelo serviço de saúde, considerando o risco benefício da vacinação.

Mulheres que estão amamentando não devem se vacinadas
Mito. As mulheres que estão amamentando bebês maiores de 6 meses de idade poderão ser vacinadas se residirem ou vão se deslocar para as áreas com recomendação para vacinação e áreas com recomendação temporária para vacinação. A vacinação está contra indicada para mulheres que estão amamentando bebês menores de 6 meses de idade.

Tenho alergia ao ovo e mesmo assim, posso receber a vacina febre amarela.
Verdade. As pessoas com história de alergia comprovada ao ovo e seus derivados, gelatina bovina ou a outras, podem receber a vacina febre amarela após avaliação médica. Nesta situação a pessoa deve recebê-la em ambiente com condições de atendimento de reações anafiláticas.

Preciso tomar a vacina a cada 10 anos.
Mito. É importante informar que o Calendário Nacional de Vacinação mudou. Até 2014, a recomendação era que o indivíduo deveria ser vacinado de 10 em 10 anos. No entanto, os estudos demonstraram que duas doses são o suficiente para a proteção do indivíduo, não havendo mais a necessidade de se fazer mais que um reforço ao longo da vida.

Mesmo tendo tomado as duas doses, tenho o risco de pegar a doença.
Mito. Se a pessoa está com a Caderneta de Vacinação em dia, conforme as recomendações do Calendário Nacional de Vacinação, ela está protegida contra a doença, não havendo necessidade de doses adicionais da vacina, mesmo na ocorrência de surtos ou epizootias (morte de macacos).

Corro mais risco de pegar a febre amarela em um lugar lotado, como durante o carnaval, já que pessoas podem estar infectadas ao meu redor.
Mito. A febre amarela não é transmitida de pessoa a pessoa. Assim, não há contágio pela proximidade com uma pessoa doente.

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