Fonte: Meusalário.org.br
A inflação interfere no poder de compra das pessoas. Com a inflação alta, o valor de bens e serviços aumenta. Na prática, é possível perceber a perda do poder de compra se compararmos o que conseguíamos comprar com R$ 10, há dois anos, e o que compramos hoje. Quanto maior a inflação, menor a quantidade de itens que conseguiremos comprar.
Com a alta do custo de vida, é muito comum ouvir as pessoas reclamando sobre a diferença entre os aumentos dos preços dos produtos e a inflação divulgada. Mas, apesar de muita gente não acreditar, os números não são fraudados. Apenas levam em consideração mais aspectos do que se imagina.
As pessoas não sentem a inflação do mesmo jeito porque existem diferenças entre os hábitos de consumo de uma região para outra, entre as famílias e os indivíduos, de acordo com o poder aquisitivo, e, principalmente, porque as pesquisas que medem o custo de vida são realizadas com base em uma cesta com centenas de produtos e serviços. Cada item tem um peso relativo no índice que mede a inflação. Se o preço da carne subiu 50%, isso não significa que a inflação será de 50% também, pois o produto influencia a cesta, mas há muitos outros itens que devem ser considerados na conta.
Além disso, as pessoas consomem produtos e serviços de maneiras distintas e o peso desses gastos varia conforme faixa de renda. Dessa forma, a alta no preço da carne pode não alterar os gastos dos vegetarianos, que não consomem o produto, assim como o aumento da mensalidade escolar não afeta o bolso de quem mantém os filhos na escola pública.
É uma combinação de diversos fatores que faz com que determinada pesquisa chegue a um índice de inflação. Por essa razão, o cálculo da inflação é complexo e é feito por diferentes levantamentos. Existem índices diferentes para calcular a variação dos preços. Para chegar às taxas, são analisadas diversas questões, como cesta de produtos, faixas de renda, regiões, itens, dias em que as pesquisas são realizadas.
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