O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou, nesta quarta-feira (25), na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara (CCSF), a pesquisa “ Violência contra a mulher: Feminicídios no Brasil / Feminicídios: a violência fatal contra a mulher”, com a apresentação de dados inéditos, corrigidos, sobre taxas de feminicídios e perfil das mortes de mulheres por violência no Brasil e nos estados.
De acordo com a pesquisa, no Brasil, no período de 2009 a 2011, ocorrerem, em média, 5.572 mortes de mulheres a cada ano, 464 a cada mês, 15,3 a cada dia ou uma morte a cada hora e meia. (...)
Acredita-se que grande parte destes óbitos foram decorrentes de violência doméstica e familiar contra a mulher, já que um terço deles tiveram o domicílio como local de ocorrência. Aproximadamente 40% de todos os homicídios de mulheres no mundo são cometidos por um parceiro íntimo. Em contraste, essa proporção é próxima a 6% entre os homens assassinados. Ou seja, a proporção de mulheres assassinadas por parceiro é seis vezes maior do que a proporção de homens assassinados por parceira.
Avaliação do impacto da Lei Maria da Penha
O estudo do Ipea também avaliou o impacto da Lei Maria da Penha sobre a mortalidade de mulheres por agressões, por meio de estudo de séries temporais. Constatou-se que não houve impacto, ou seja, não houve redução das taxas anuais de mortalidade, comparando-se os períodos antes e depois da vigência da Lei. (...)
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