O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho afirmou, nesta terça-feira (8), em Dacar, no Senegal, em meio ao Fórum Social Mundial, que o reajuste do salário mínimo não é mais negociável nas conversas com as centrais sindicais.
O anúncio é uma das medidas mais decepcionantes e uma má sinalização do governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo Carvalho, o governo segue disposto a conversar com sindicalistas sobre a alíquota do Imposto de Renda - mas não sobre os ínfimos R$ 545 de salário mínimo oferecidos pelo governo aos trabalhadores.
Para o ministro, o governo não tem uma situação fiscal que permita ir além do previsto no acordo em vigor, que prevê o reajuste do mínimo baseado na soma da inflação anual e da variação do crescimento do PIB nos dois anos anteriores.
A decisão já era esperada por parte das centrais, que criticam o poder da equipe econômica nas negociações e a dificuldade para conversar com o novo governo, o que não se mostra como um bom começo de relacionamento.
As centrais sindicais estão convocando movimentos sociais para participar de ações contra a proposta do governo para o reajuste no valor do salário mínimo.
Com o fim das negociações com o governo, a ideia agora é direcionar a pressão para os congressistas.
Com o fim das negociações com o governo, a ideia agora é direcionar a pressão para os congressistas.
A intenção é dar início, já na próxima semana, a eventos em todo o país. As centrais iniciaram a negociação defendendo o valor de R$ 580 para o mínimo, mas sinalizaram que, se o governo subisse sua proposta, haveria possibilidade de acordo. O governo, porém, permaneceu irredutível nos R$ 545.
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