quinta-feira, 5 de julho de 2012

Qualificação, palavra chave para conquistar um emprego nos próximos anos


Se o momento atual da economia já exige que empresas abusem da criatividade para achar e manter profissionais qualificados, uma pesquisa do McKinsey Global Institute aponta que a situação deve se agravar nas próximas décadas.

Baseado nas tendências atuais, o instituto projeta que, até 2020, a economia mundial vai enfrentar uma falta de até 40 milhões de trabalhadores com nível superior, o que representa 13% da demanda por esses profissionais. Cerca de 16 milhões serão exigidos em economias avançadas, que já sofrem com o envelhecimento da população.

Em países em desenvolvimento, a criação de novas vagas na indústria e no setor de serviços exigirá 45 milhões de profissionais com ensino médio a mais do que o disponível, o que representa 15% da demanda. Desse número, 13 milhões irão faltar apenas na Índia.

Ao mesmo tempo, haverá um excesso de até 95 milhões de trabalhadores com  baixa qualificação em todo o mundo em relação às vagas disponíveis, cerca de 10% do total. Em economias desenvolvidas, isso significa até 35 milhões de profissionais sem curso superior a mais do que o demandado pelos empregadores.

Demanda
Nos países em desenvolvimento, os trabalhadores pouco qualificados nem ao menos chegam ao ensino médio. Nesse caso, as economias precisarão lidar com até 58 milhões de pessoas a mais do que a demanda por esse tipo de profissional.

Até 2030, a estimativa é que a taxa de crescimento anual da população economicamente ativa cairá de 1,4% para 1%. Em países como o Brasil a previsão é que esse número não passe de 0,6% e até mesmo a China deve ver a taxa cair pela metade, para 0,5%. Junto a números cada vez maiores de aposentados deixando a força de trabalho, que devem somar 360 milhões, a situação deve promover mudanças no cenário mundial e desafios para a maioria dos países.

A China deve ser substituída pela Índia e outras economias emergentes do sul  da Ásia e da África como a principal fonte de trabalhadores no mercado mundial. Dos 600 milhões de pessoas que irão se unir aos 2,9 bilhões na força de trabalho global atual, a pesquisa estima que 60% terão origem nesses países. Ao mesmo tempo, a China vai assumir outro papel no cenário global: o de maior fornecedora de profissionais com educação superior. Junto com a Índia, será responsável por 57% dos novos trabalhadores com curso superior até 2030.
Valor Online

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