terça-feira, 22 de maio de 2012

Empregado precisa trabalhar 150 dias para pagar impostos em 2012


Falta pouco mais de uma semana para o trabalhador se livrar do pagamento de impostos e começar a trabalhar para si próprio. Isso porque, até o dia 29 de maio, os brasileiros vão dar duro no emprego apenas para arcar com a carga tributária do País, segundo um estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) divulgado nesta segunda-feira (21).

O levantamento leva em conta todos os tributos, impostos e contribuições pagos pelos brasileiros nas esferas federal, estadual e municipal, como IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física), INSS, PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS, IPTU e IPVA. 


O tempo de trabalho para pagar impostos no Brasil só perde da Suécia, onde o contribuinte destina 185 dias para quitar as pendências tributárias com o governo. Na França, são necessários 149 dias, enquanto são precisos 102 dias nos Estados Unidos e 95 dias no México...

O tempo que o brasileiro trabalha para pagar os impostos só cresce ao longo dos anos, mostra o estudo do IBPT. Em 1986, eram 82 dias de sacrifício. Em 2000, superou a marca de quatro meses (120 dias) e, em 2012, esse número saltou para 150 dias. O presidente executivo do Instituto, João Eloi Olenike, alerta para essa escalada. 

— Em 2011, o brasileiro trabalhou 149 dias; em 2010, foram 148 dias; em 2009, 147 dias; e em 2008,148 dias. A quantidade de dias dobrou em relação à década de 1970, quando eram necessários 76 dias de trabalho para esse fim.

A faixa de renda do trabalhador também é decisiva para determinar o quanto o brasileiro trabalha para apenas quitar os impostos. Quem tem rendimento de até R$ 3.000 por mês trabalharão 143 dias em 2012 para eliminar os tributos. 

Quem recebe de R$ 3.000 a R$ 10 mil ao mês, trabalhará 159 dias. Por fim, brasileiros com renda acima de R$ 10 mil por mês vão destinar 152 dias “de suor” aos impostos. 

Olenike destaca que, “apesar de trabalhar um dia a mais para pagar tributos em 2012, em relação ao ano passado, o brasileiro continua não vendo o retorno dos valores recolhidos em serviços à população, como segurança, rodovias sem pedágio, educação, saneamento básico, saúde, iluminação pública e outros".
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